
A chegada do inverno marca também o aumento dos casos de gripe em todo o país. Para muitas pessoas, os sintomas passam em poucos dias, mas em grupos vulneráveis, a gripe pode trazer sérias complicações.
Entender os tipos de vírus, os sintomas, os tratamentos disponíveis e, principalmente, como se prevenir, é essencial para atravessar a temporada com segurança.
O que é a gripe e quais são os principais tipos de vírus?
A gripe é uma infecção respiratória aguda, altamente contagiosa, causada principalmente pelos vírus influenza A, B e C.
Os tipos A e B são os mais responsáveis pelas epidemias sazonais. Já o tipo C costuma provocar quadros mais leves.
O vírus influenza A pode se dividir em subtipos, como o H1N1 e o H3N2, que têm maior capacidade de mutação e são frequentemente associados a surtos e pandemias. Por isso, a vigilância constante e a atualização da vacina anual são tão importantes.
Sintomas da gripe: como identificar e diferenciar de outras doenças respiratórias
A gripe começa de forma súbita e costuma causar febre alta (acima de 38°C), dor no corpo, calafrios, dor de cabeça, tosse seca, dor de garganta, cansaço intenso e coriza.
Em alguns casos, também pode haver náusea, vômito ou diarreia, especialmente em crianças.
É comum confundir gripe com resfriado ou até com Covid-19. No entanto, o resfriado tende a ser mais leve, com sintomas localizados (espirros, coriza e congestão nasal) e sem febre alta.
Já a Covid-19 pode causar sintomas semelhantes aos da gripe, mas com maior risco de perda de olfato e paladar, além de evolução para quadros pulmonares mais graves.
Grupos de risco: quem deve redobrar os cuidados na temporada de gripe?
Embora qualquer pessoa possa pegar gripe, alguns grupos precisam de atenção especial, pois têm maior risco de complicações:
- Idosos (acima de 60 anos), que podem evoluir para quadros graves, como pneumonia.
- Crianças menores de 5 anos, principalmente as menores de 2.
- Gestantes e puérperas, por alterações na imunidade.
- Pessoas com doenças crônicas, como asma, DPOC, diabetes e doenças cardíacas.
- Pacientes imunodeprimidos, como os em tratamento contra o câncer ou HIV.
Para esses grupos, a gripe pode causar internações, insuficiência respiratória e até óbito. A prevenção e o tratamento precoce são fundamentais.
Diagnóstico da gripe: quando e como realizar?
Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e na época do ano. No entanto, quando há dúvida ou necessidade de confirmação, como em pacientes hospitalizados ou imunossuprimidos, exames laboratoriais podem ser solicitados.
Entre os testes disponíveis, estão o RT-PCR (considerado o mais preciso) e os testes rápidos de antígeno, que fornecem resultado em poucos minutos. A identificação do vírus ajuda a definir a melhor conduta, especialmente nos casos que exigem o uso de antivirais.
Tratamentos disponíveis para a gripe: cuidados e medicamentos
A gripe, em geral, é autolimitada, ou seja, tende a melhorar sozinha em cerca de 5 a 7 dias. O tratamento é baseado em alívio dos sintomas:
- Repouso absoluto, especialmente nos primeiros dias.
- Hidratação constante, com água, sucos naturais e sopas.
- Medicamentos sintomáticos, como paracetamol ou ibuprofeno, para febre e dores.
- Evitar o uso de aspirina em crianças, devido ao risco de síndrome de Reye.
Em casos graves ou em pacientes do grupo de risco, o médico pode indicar antivirais que são mais eficazes quando iniciados nas primeiras 48 horas de sintomas.
Prevenção da gripe: a importância da vacinação e medidas complementares
A melhor forma de se proteger contra a gripe é por meio da vacinação anual, oferecida gratuitamente pelo SUS para os grupos prioritários e também disponível na rede privada.
A vacina é atualizada todos os anos, de acordo com as cepas em circulação, e reduz significativamente o risco de formas graves e internações.
Além da vacina, algumas atitudes simples fazem diferença:
- Higienizar as mãos com frequência.
- Usar máscara em locais fechados ou com aglomeração.
- Evitar compartilhar objetos pessoais.
- Manter os ambientes bem ventilados.
- Cobrir a boca e o nariz com o braço ao tossir ou espirrar.
Essas medidas são especialmente importantes para quem convive com idosos ou pacientes com doenças pulmonares crônicas.
Complicações e cuidados especiais durante a temporada de gripe
Em boa parte dos casos, a gripe se resolve sem maiores problemas. No entanto, ela pode causar complicações sérias, como:
- Pneumonia viral ou bacteriana secundária.
- Descompensação de doenças respiratórias crônicas, como asma ou DPOC.
- Infecções de ouvido e sinusite, especialmente em crianças.
- Insuficiência respiratória aguda, que pode exigir internação.
Atenção aos sinais de alerta: dificuldade para respirar, dor no peito, confusão mental, febre persistente por mais de 3 dias ou retorno da febre após melhora. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.
Se você está em São José dos Campos ou região e faz parte do grupo de risco, converse com seu pneumologista sobre a melhor forma de se proteger durante a temporada de gripe.
Um acompanhamento especializado pode fazer toda a diferença para manter sua saúde respiratória em dia.
Eu sou o Dr. Braulio Nunes, pneumologista, quero ajudar você a entender e valorizar seus pulmões e vias respiratórias: prevenir, diagnosticar e cuidar de forma individualizada das doenças pulmonares.
Agende sua consulta e tire todas as suas dúvidas. Prevenir é o melhor cuidado.
Atendimento presencial em SJC e teleconsulta para todo Brasil
Telefone: (12) 3909-3355